Os Nematelmintos
Os nematelmintos (do grego nematos: 'filamento', e helmin: 'vermes')
são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são
de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais,
inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes
catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras
espécies, ainda desconhecidas.
Ao contrário dos platelmintos, os
nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm
sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas,
como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do
que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho.
Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é
bem lisa e resistente.
Digestão – os nematelmintos possuem um tubo
digestivo completo, com boca e ânus, permitindo o animal ingerir alimentos que
tenham partículas, que são processadas no interior do tubo digestivo.
Revestimento do corpo – possuem uma
epiderme uni-estratificada, isto é, formada por uma única camada de células.
Tem uma cutícula espessa e pouco distensível, que nos parasitas, os protege da
ação das enzimas digestivas do hospedeiro. Sob a epiderme há uma camada
muscular, cujas fibras se dispõem longitudinalmente.
Sistema nervoso – do tipo ganglionar, é formado
por dois cordões longitudinais, um dorsal e outro ventral.
Sistema excretor – é formado por
dois canais longitudinais, dispostos um em cada lado do tubo digestivo.
Reprodução – na cavidade
corporal, alojam-se as gônadas: testículos ou ovários. O sistema reprodutor da
lombriga é bastante desenvolvido, podendo produzir milhões de óvulos. Não têm
nenhum tipo de cílio e os espermatozoides deslocam-se por movimentos ameboides.
Doenças
transmitidas pelos nematelmintos
Ascaridíase – o parasita é o Ascaris
lumbricoides, que mede, 15 cm a 30 cm. Habita no intestino delgado,
onde vive dos alimentos ingeridos pela pessoa parasitada. O ser humano
infectado elimina ovos para o meio ambiente. A infecção ocorre pela ingestão de
água e de alimentos, principalmente verduras contendo ovos embrionários.
Ancilostomíase (amarelão) –
os parasitas são o Ancylostoma duodenale e Necator
americanus, que medem cerca de 10 mm. Vivem aderidos à mucosa do
intestino delgado da pessoa parasitada, onde se alimentam do sangue. Os ovos
são eliminados pela pessoa parasitada, se transformam em larvas. Penetram
através da pele, alcançam as veias e chegam ao coração, daí seguem para os
pulmões. A anemia é o principal sintoma dessa parasitose.
Filariose ou elefantíase – o parasita é o Wuchereria
bancrofti. Os vermes adultos provocam inflamação dos vasos
linfáticos, impedindo a drenagem de linfa. O acúmulo de linfa produz inchaço
nos pés, pernas, mamas e bolsa escrotal. É transmitida pelo mosquito, que ao
picar uma pessoa infectada, espalha as larvas para outras pessoas.
Bicho-geográfico (Larva
migrans cutânea) – transmitida pelo parasita Ancylostoma
brasiliense. Parasita do intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem
na areia e podem penetrar na pele humana sem, contudo atingir a circulação. A
larva provoca lesão de contorno irregular, semelhante a um mapa.
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