terça-feira, 29 de agosto de 2017

Reino Fungi

Reino Fungi


O Reino Fungi inclui os cogumelos, mofos, orelhas de pau, liquens, entre outros organismos. A maioria dos fungos são pluricelulares, com o corpo constituído de hifas, mas há alguns unicelulares, cujo principal exemplo são as leveduras. Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Já foram classificados no reino vegetal, por possuírem características semelhantes, no entanto diferem das plantas fundamentalmente por não apresentarem clorofila ou qualquer outro pigmento fotossintetizante, portanto são heterotróficos.

Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam

Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.


Características gerais


Os fungos são basicamente compostos por um emaranhado de tubos, ramificados e envolvidos por uma parede de quitina (polissacarídeo também presente no exoesqueleto dos artrópodes). Esse emaranhado é chamado de micélio e os tubos que o compõem são as hifas.

As hifas são filamentos microscópicos onde está contido o material genético dos fungos. Podem ser de dois tipos: Cenocíticas quando não possuem paredes transversais, chamadas de septos, ficando os núcleos espalhados pelo citoplasma; ou Septadas, quando há delimitação de compartimentos celulares pelos septos, formando células com um (monocarioticas) ou dois núcleos (dicarioticas), Todavia, a compartimentação é incompleta porque os septos possuem poros que permite a comunicação entre células vizinhas.

Os fungos crescem sobre um substrato que pode ser um pão ou uma fruta podre, um tronco de madeira, ou até mesmo outro fungo. Nos organismos mais complexos o micélio forma um talo ou corpo de frutificação com forma bem definida que caracteriza as diferentes espécies. Quando vemos um cogumelo ou o mofo nos alimentos, vemos o talo, entretanto, no interior do substrato onde se encontra, já há uma imensa rede de hifas enraizada.

Os fungos são heterotróficos por absorção, ou seja, eles absorvem os nutrientes que são difundidos no interior de suas células. Para isso, utilizam enzimas que fazem a digestão das substâncias encontradas no ambiente.
Exemplos de Fungos

Dentre as espécies conhecidas muitas afetam a vida humana. Muitas são usadas na alimentação, como as quase 200 espécies de cogumelos comestíveis, sendo algumas delas largamente cultivadas, como o shitake (veja figura abaixo), o shimeji e o champignon. As leveduras são empregadas na fermentação de pães, bebidas alcoólicas, entre outros. Algumas espécies são aproveitadas na produção dos queijos roquefort (veja figura) e camembert. E há ainda os fungos utilizados pela indústria farmacêutica para a fabricação de antibióticos, são do gênero Penicillium.

O aspecto negativo dos fungos são as doenças causadas por eles, já que algumas espécies são parasitas. No ser humano, provocam micoses e candidíase, entre outras e nas plantas provocam doenças como a ferrugem do cafeeiro.

Em fungos mais simples como a levedura a reprodução acontece por gemulação ou brotamento. São originados gêmulas ou brotos que podem se separar da célula original ou permanecer grudados formando cadeias de células.


Em muitos fungos a reprodução é feita através dos esporos, que são células haploides (apenas um cromossomo). Os esporos liberados pelo fungo no ambiente, ao encontrar condições propícias germinam e originam um novo micélio, completando o ciclo assexuado. Essa forma de reprodução assexuada é chamada de esporulação.

Fungos mais complexos fazem reprodução sexuada, que é dividida em fases. As hifas são monocarioticas e haploides, quando iniciam o processo reprodutivo se unem formando hifas dicarióticas com os núcleos organizados em pares, essa etapa se chama plasmogamia. Depois acontece a cariogamia​ na qual os pares de núcleos se fundem e formam núcleos diploides, logo em seguida se dividem por meiose originando esporos, que germinam e originam o micélio, completando o ciclo. Esses esporos são chamados "esporos sexuais" para diferenciar daqueles formados assexuadamente.

Associações Mutualísticas


Certas espécies de fungos fazem associações com outros organismos, em que ambos são beneficiados, sendo essa relação chamada de mutualismo.

Liquens


Quando os fungos (principalmente do grupo ascomiceto) se associam com espécies de algas ou cianobactérias formam os liquens. A associação é tão íntima que não conseguem viver separados, e permite que habitem locais onde poucos organismos conseguiriam como rochas duras.

Micorrizas


Quando associados às raízes de certas plantas, os fungos obtêm nutrientes como carboidratos e aminoácidos. As plantas, por sua vez, absorvem melhor os sais minerais do solo graças às hifas que envolvem suas raízes. Essa associação é chamada micorriza (palavra derivada do grego: mykos, significa fungo e rhizos é raiz).

Reino Protista

Reino Protista

              
O Reino Protista é um dos reinos da natureza, caracterizado por uma organização celular do tipo eucarionte (com núcleo organizado), cujos representantes podem ser autótrofos (produzem seu alimento através da fotossíntese), ou heterótrofos (que não fazem fotossíntese), unicelulares ou pluricelulares. Os protistas compreendem os protozoários, as algas e os mixomicetos.

A complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela - sozinha - executa todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única célula, que conta com algumas estruturas capazes de realizar alguns desses papéis específicos, como em um organismo pluricelular.

Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.

A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas.

A célula do protozoário tem uma membrana simples ou reforçada por capas externas protéicas ou, ainda, por carapaças minerais, como certas amebas (tecamebas).
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas locomotoras que apresentam:

  • Sarcodinos – são as amebas que se locomovem por meio de pseudópodes. A Entamoeba coli, por exemplo, é um morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar nem prejuízo nem benefício para seu hospedeiro. Enquanto a Entamoeba histolytica é parasita do intestino grosso do ser humano.
  • Mastigóforos – locomovem-se por meio de flagelos. Alguns são parasitas,ou seja, obtêm alimento a partir da associação com outros seres vivos. Exemplos são: a giardia que parasita o intestino delgado do ser humano e o Trypanosoma cruzi, que instala-se em tecidos humanos e de outros animais, como na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo.
  • Esporozoários – não possuem estrutura locomotora. São os plasmódios, como o causador da malária.
  • Ciliados - locomovem-se por meio de cílios. Exemplos são: Vorticella, Balantidium coli, mas o mais conhecido é o paramécio, de vida livre, como a maioria dos protozoários desse grupo que não são parasitas.



Origem


Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com cerca de 20 mil espécies. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares. Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como por exemplo no grupo de flagelados. Há registro fóssil de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na

Era Proterozóica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas vasas.

Ao lado: Microscopia eletrônica da carapaça presente externamente à célula de uma espécie de radiolário.


Habitat


Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns formam colônias livres ou sésseis.

Fazem parte do plâncton (conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes). No plâncton distinguem-se dois grupos de organismos:

fitoplâncton: organismos produtores (fotossintetizadores), representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos . São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.
zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.


Algas

As algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila (além de outros pigmentos) e realizam fotossíntese. Já foram classificadas no reino vegetal, pela semelhança com as células vegetais, mas como são organismos mais simples e não possuem tecidos organizados, foram reagrupadas no reino protista.

São fundamentais na biosfera, pois constituem a base da cadeia alimentar aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas são também utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais. As mais abundantes são unicelulares, embora existam algas marinhas com mais de 30 metros de comprimento.

As algas são divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentos intracelulares:

  • Verdes (Clorofíceas) – presença de clorofilas A e B e carotenoides, reservas de amido, parede celular de celulose. Podem ser uni ou pluricelulares. Há espécies comestíveis.
  • Vermelhas (Rodofíceas) – presença de clorofila A e ficobilina, uni ou pluricelulares, filamentosas e fixadas a substratos, há espécies comestíveis. Certas algas vermelhas têm nas paredes de suas células, um material de consistência gelatinosa, denominado ágar, que é acrescentado a vários alimentos, como balas e doces. Tem ainda grande utilidade em técnicas laboratoriais, sendo empregado como componente de meios de cultura para microrganismos.
  • Pardas (Feofíceas) – presença de clorofilas A e C, carotenoides e fucoxantina, parede celular com um polissacarídio​, a algina, pluricelulares, há espécies comestíveis. ​O alginato, material preparado a partir da algina, é bastante empregado na fabricação de cosméticos, sorvetes e massa de modelagem utilizada na odontologia.
  • Douradas (Crisofíceas) – formas unicelulares isoladas ou coloniais. Importantes componentes do plâncton; incluem as diatomáceas, que contêm o diatomito. Formado por sílica, o diatomito apresenta consistência porosa, sendo empregado como componente de filtros; pulverizado, pode ser adicionado como abrasivo a polidores de metal e a cremes dentais.
  • Cor de fogo (Pirrofíceas) – unicelulares isoladas ou coloniais. Fazem parte do fitoplâncton e inclui também dinoflagelados, responsáveis pelas marés vermelhas.


Mixomicetos


Mixomicetos são organismos que têm aspecto de fungo, e crescem nos solos ricos em nutrientes orgânicos, sendo comuns em bosques e florestas. Os mixomicetos não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria orgânica.
Existem muitas controvérsias sobre esse grupo, que foi durante muito tempo classificado no reino fungi por sua semelhança externa com aqueles organismos. Os dados ainda não são conclusivos, alguns classificam no reino protista, enquanto outros consideram que deveriam compor um reino à parte.




Reino Monera

Reino monera




O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado).

Os procariontes são classificados em dois grupos, baseados na análise do RNA e em outras características: Archaea (arqueobactérias) e Bactéria, ou Eubactéria. Estes primeiras, com um número pequeno de representantes, geralmente vivem em ambientes extremos, como gêigeres, águas extremamente salinas, tratos digestórios e pântanos.

As cianobactérias, pertencentes ao grupo das Eubacterias, formam colônias através de células que se apresentam isoladas ou agrupadas; e possuem uma membrana plasmática que envolve o citoplasma gelatinoso.

As cianobactérias são encontradas em água doce, água salgada, troncos de árvores, rochas, fontes termais e reproduzem-se assexuadamente por bipartição ou cissiparidade.

As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.

A importância das Babactérias  é na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente; agentes que provocam doença no homem; em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada; no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas; em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.

Estrutura das Bactérias


Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.



A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).

É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.

Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram pneumonia letal.


A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste externamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico).

As bactérias podem ser heterótrofas ou autótrofas. As heterótrofas podem realizar os vários tipos de fermentação e vários tipos de respiração, como a aeróbia e a anaeróbia. Não conseguem produzir seu próprio alimento, assim, precisam recorrer a uma fonte orgânica qualquer para obter energia biológica necessária. As bactérias Heterótrofas podem ser divididas em Saprófitas e Parasitas.
As bactérias saprófitas, assim como os fungos, conseguem alimento a partir da decomposição de matéria orgânica. São essas bactérias que, juntamente com fungos, atacam cadáveres de animais, plantas e outros tipos de matéria orgânica, decompondo-os. A partir dessa decomposição, esses micro-organismos, além de obterem energia, ainda contribuem para a ciclagem de nutrientes na natureza.

Dentre as autótrofas existe grande diversidade de mecanismos, como a quimiossíntese e a fotossíntese.

As bactérias reproduzem-se assexuadamente por bipartição. Processo este, que origina em milhares de outras bactérias, dependendo das condições ambientais adequadas. Apresentam formas diversas como: cocos (esféricas), bacilos (alongadas), espirilos (em forma de espiral), e vibriões (forma de vírgula).



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Vírus

Vírus

Os vírus, organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 mm, são denominados de de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de células. 

Algumas infecções, como a gripe, dengueAIDS, são causadas por vírus. Os vírus (do latim “veneno” ou “toxina”) são parasitas obrigatórios dos seres vivos. Isso porque eles não conseguem multiplicar seu material genético se não estiverem dentro de um organismo.  Não são considerados seres vivos por não realizarem funções vitais característicos dos seres viventes e nem terem células e nem organização celular (são chamados de acelulares). Porém, esse debate sobre os vírus estarem vivos ou não tem se expandido por conta de algumas pesquisas atuais que dizem que eles são um tipo muito simples e antigo e vida.

Os vírus são divididos entre retrovírus (os que possuem RNA como material genético) e adenovírus (os que possuem DNA como material genético). Eles são muito pequenos e simples, capazes de infectar as menores bactérias conhecidas. Quando estão fora do ambiente intracelular, eles são seres inertes. Mas, quando infectam alguma célula, injetam seu material genético que é capaz de se replicar de forma muito rápida.

Os vírus podem assumir várias formas diferentes. Comumente, é apenas uma capa de proteínas como um genoma dentro. Assemelha-se a uma caixa com uma série de instruções dentro. Alguns vírus mais complexos são os bacteriófagos (ou fagos), que possuem uma “cabeça” onde é guardado o material genético e uma cauda helicoidal.



Estrutura dos Vírus
partícula viral é denominada de vírion. Ela é composta por:
  • Núcleo: que é o próprio genoma (DNA ou RNA, nunca os dois juntos);
  • Capsídeo: envelope que envolve o genoma do vírus. O capsídeo é formado por capsômeros. Ou seja, um conjunto de capsômeros forma o capsídeo. O capsídeo pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma similar a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12 vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o herpesvírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo de vírus são os bacteriófagos.
  • Envelope: alguns vírus apresentam o envelope, que é um revestimento externo dos vírus. Esse revestimento deriva de partes celulares como as membranas e outras organelas.


Quanto a sua forma de reprodução, pode acontecer por Ciclo Lítico ou Ciclo Lisogênico.

Ciclo lítico

No ciclo lítico, o vírus se aproxima da célula e injeta o seu material genético. Esse material entra na célula e se multiplica com a ajuda das organelas da célula infectada. Daí, o DNA ou RNA do vírus vai caracterizar o tipo de infecção e doença. A célula infectada morre e libera os vírus que se formaram dentro dela e esses vírus vão infectar outras células.
Ciclo lisogênico
Nesse ciclo, o vírus introduz o seu material genético na célula. Esse material vai fazer parte do DNA da célula e irá ser replicado durante o processo de meiose celular.
Replicação viral

Os vírus reproduzem-se apenas no interior da célula de um hospedeiro, uma vez que não possuem metabolismo próprio. Ao atingir uma célula e parasitá-la, uma série de processos ocorre até que o vírus consiga fazer com que a célula trabalhe a seu favor.
De uma maneira geral, podemos dividir a replicação viral nas seguintes etapas:
1- Adsorção: Etapa em que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;
2- Penetração: Etapa em que o vírus adentra a célula;
3- Desnudamento: Etapa em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do material genético;
4- Transcrição e tradução: Etapa em que ocorre a formação de proteínas dos vírus;
5- Maturação: Ocorre a formação de novas partículas virais;
6- Liberação: Vírus sai do interior da célula pronto para parasitar outras;

Exemplos de doenças causadas por vírus

Os vírus podem infectar qualquer ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até pluricelulares, como os humanos. A infecção nos humanos é responsável por várias doenças. Veja a seguir alguns exemplos de infecções virais:





terça-feira, 15 de agosto de 2017

Seminário Sobre Doenças

Seminário Sobre Doenças Virais, Bacterianas, Protozoários e Fungos.



Alunas: Nicoly, Fabiana, Bianca e Clara Helena- 3° ano M02.









Observação: Os Vírus são parasitas Intracelulares Obrigatórios e Não Intercelulares. 

Taxonomia



Taxonomia

o que é:

Taxonomia é o estudo científico responsável por determinar a classificação sistemática de diferentes coisas em categorias.
Na biologia, a taxonomia é o ramo responsável pela identificação e classificação de todos os animais e plantas que habitam a Terra, com base nas diferentes características que estes partilham entre si.

A idéia de padronizar os seres vivos surgiu de Carl Von Linné. Linné foi o inventor da atual classificação dos seres vivos em diferentes grupos, de acordo com as suas semelhanças genéticas: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero Espécie.
O grau de parentesco entre os seres vivos vai aumentando de acordo com a aproximação que possuem a partir do grupo “Reino” até a “Espécie”.
Resultado de imagem para lineuCarl Von Linné (1707 – 1778) definiu algumas regras para que seja feita a classificação biológica, por exemplo, como o uso do latim como língua oficial para escrever as classificações, por ser uma língua morta e não sofrer modificações.
Lineu era bastante religioso e sua proposta buscava reproduzir o que ele acreditava ser a ordem divina da criação dos seres vivos. Classificou uma enorme variedade de seres vivos e, por isso, é considerado por muitos o “pai” da taxonomia moderna.

Lineu acreditava que os seres vivos haviam sido criados por Deus e, portanto, que as espécies não mudavam ao longo do tempo. A partir da teoria de Darwin sobre a seleção natural, como veremos no próximo capítulo, um novo critério para classificação teve de ser adotado, para que fossem consideradas as relações de parentesco evolutivo das espécies. Esse critério deveria, portanto, considerar que as espécies se transformam ao longo do tempo.

Nomeclatura:

O nome deve ser formado pelo Gênero e a Espécie a que pertence o ser vivo. Caso existam animais da mesma espécie, mas com características diferentes, são criadas subespécies para ajudar a diferenciá-los.  Ressalta-se que o Gênero deve obrigatoriamente ser escrito com a primeira letra em maiúsculo e a espécie em minúsculo, mas ambos os termos devem ser grafados em itálico ou sublinhados, de acordo com a regra.
Atualmente, os seres vivos são subdivididos em cinco Reinos que, a partir de então, vão se subdividindo em diferentes categorias, de acordo com a semelhança que possuem entre si.

Classificação:

·         Reino Monera: seres vivos unicelulares e procariontes – bactérias e cianobactérias;
·         Reino Protista: são os protozoários (unicelulares, eucariontes e procariontes) e as algas;
·         Reino Fungi: são os fungos;
·         Reino Plantae ou Metaphyta: são as plantas (eucariontes, pluricelulares, autótrofos e fotossintetizantes);
·         Reino Animalia ou Metazoa: são os animais (eucariontes, pluricelulares e heterótrofos).

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Os vírus não entram nesta classificação por não serem considerados seres vivos, pois não conseguem se reproduzir.




Classificação dos Seres Vivos





Classificação dos Seres Vivos



classificação biológica ou taxonomia é um sistema que organiza os seres vivos em categorias, agrupando-os de acordo com suas características comuns, bem como por suas relações de parentesco evolutivo. É usada a nomenclatura científica que facilita a identificação dos organismos em qualquer parte do mundo.
Através desse sistema, os biólogos buscam conhecer a biodiversidade, descrevendo e nomeando as diferentes espécies e organizando-as de acordo com os critérios que definem. 

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia.
A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica.
Resultado de imagem para aristotelesO primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.
Resultado de imagem para darwinA partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise matemática dos dados.

Resultado de imagem para Edward Osborne WilsonEm fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade. Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida.
De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas em gêneros. Os gêneros são reunidos, se tiverem algumas características em comum, formando uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma ordem. Ordens são reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas emfilos. E os filos são, finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia).

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